Maestro Fuzz e Tone bender
Os avôs dos pedais de Fuzz
Ao longo dos anos, conforme o Rock se tornava cada vez mais famoso, a busca por sonoridades mais agressivas foi se tornando uma constante. E foi numa dessas que apareceram os pedais de Fuzz.
Foi em 1951, quando durante as gravações do single “Rocket 88”, por conta da queda de um amplificador e, consequentemente a queda de uma válvula que nascia o que é conhecido hoje como o som de um Fuzz.
Seja por conta de uma válvula mal encaixada ou por conta de furos nos alto falantes, o fuzz se tornou referência de Rock ‘n’ Roll principalmente a partir da década de sessenta, quando se tornou indispensável, e era possível encontrá-los nos pés dos principais guitarristas da época. A partir daí nasceram vários clássicos, os quais falaremos um pouco por aqui a começar dos dois avos do Fuzz, o Maestro Fuzz-Tone e o Tone Bender:

Na ocasião da gravação da gravação de “Don’t Worry” de Marty Robbins, quando o baixista Grady Martin fazia a gravação do baixo, por algum problema no console, o som do baixo se tornou muito fuzzy. No entanto, quando ouviram a gravação, a novidade agradou e eles decidiram por manter aquela gravação na música original. O engenheiro responsável pela gravação, Glen Snoddy, percebeu que aquele som significava uma grande novidade e podia certamente ser usado largamente, a partir daí produziu o circuito “defeituoso” em uma caixa e o enviou para a Gibson. Esse circuito “defeituoso” viria a ser em pouco tempo o Maestro Fuzz-Tone(FZ-1) que, entre outras músicas, é o responsável pelo timbre no solo dos Rolling Stones em (I Can’t Get No) Satisfaction. A partir desse momento a demanda começou a crescer exponencialmente, principalmente vinda de guitarristas de várias partes do mundo que queriam também tirar aquele som diferente e agressivo que estava na gravação dos Stones.

A partir do circuito do FZ-1 o engenhrio Gary Hurst partiu para o design de um pedal melhorado que culminou no Tone Bender.
O Tone Bender tornou-se logo um clássico. Tratava-se do primeiro produzido largamente na Inglaterra e um dos maiores sucessos em termos de efeito para instrumentos até aquele momento. Essa primeira leva, conhecida como MKI era produzida com a identifcação do fabricante: “Gary Hurst designed units”, no entanto, logo veio a segunda leva, conhecida como MKII, que vinha designado como “Sola Sounds LTD Units”.
O Tone Bender tinha aproximadamente o dobro do volume do Maestro Fuzz e também mais sustain. Foi desenhado para oferecer um Fuzz mais agressivo e encorpado que o seu antecessor e entregava tudo isso, fazendo jus ao enorme sucesso que fez na época.

Além disso, o circuito teve uma mudança e passou a ser alimentado com 9 volts, diferentemente do seu antecessor que era alimentado com 3 volts. Todos os pedais eram construídos em PTP (point-to-point), inicialmente usava uma configuração com três transistores que foi substituida em 1966 para a configuração que usava dois dos novos Mullard OC75.

O Tone Bender foi modificado várias vezes ao longo dos anos e fabricado pela Sola Sound para várias companhias que vendiam o pedal sob suas marcas, como Marshall, Rotosound e a que teve o mais famoso Tone Bender; A Vox com o Vox Tone Bender, fabricado a partir de 1966. A essa altura, o Tone Bender, então em sua edição MKIII apresentava pela primeira vez um controle de tonalidade (Tone)
Alguns artistas que usaram o Tone Bender:
The Beatles

Mick Ronson
Pete Townsend
Jeff Beck
The Yardbirds
Jimmy Page
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