Os tipos de clipagem e suas diferenças
Como cada caracteristica afeta o som do seu set
Por Jorge Lopes
E ai galera, tudo bem? Antes de mais nada um feliz Ano Novo pra todo mundo. Espero que esse ano seja de paz e harmonia para todos nós!
Continuando o que foi dito no post anterior, vamos falar agora um pouco sobre os tipos de clipagem e dar uma idéia geral da diferença que cada um desses tipos faz no som dos nossos pedais de drive/Distorção.
Você já pensou em qual a diferença entre o Distortion + da MXR e o Microamp da própria MXR?
Eu respondo essa: Três diodos, um resistor/capacitor. Além da usual diferença que gira em torno de 30 dólares. Sim, o booster mesmo tendo menos componentes é mais caro.
O que isso quer dizer? Quer dizer que basicamente a diferença entre os dois pedais, é o estágio de clipagem que é responsável por distorcer o som conforme explicado no post anterior.
No entanto, quando falamos sobre clipagem, temos ainda mais possibilidades., uma vez que existem várias maneiras diferentes de cliparmos o sinal, usando tipos diferentes de materiais e componentes, vamos ver
Ex. Tube Screamer,MXR Distortion +, Marshall Blues Breaker
Esse tipo de clipagem provê um menor ganho e com uma maior transparência. O drive tende a ser mais ‘aveludado’ e redondo por assim dizer, uma vez que nos dos estágios da onda ela será clipada da mesma maneira e no mesmo ponto. A simetria independe da quantidade de diodos, por isso é
possível que tenhamos associações em série de diodos para conseguirmos mais ganho conforme descrito no post anterior. Popularmente é dito que esse tipo de clipagem é responsável por um som mais bluesy e vintage.
Clipagem Assimétrica
Ex. Boss sd-1, Mad Professor Mighty Red Distortion
As válvulas usadas nos amplificadores valvulados geralmente produzem clipagem assimétrica, exceto em casos onde o amplificador é desenhado para que isso não aconteça como é o caso dos amplificadores em configuração Push-Pull. Por esse motivo os pedais que usam essa configuração tendem a responder de uma maneira mais tube-like, claro, dentro das limitações de um pedal. Esse tipo de configuração provê um ganho um pouco maior, uma vez que a assimetria na maioria dos casos é feita adicionando um diodo em um dos ‘lados’ da clipagem, dessa forma a onda será clipada de maneira diferente em seus picos. Essa diferença aumenta o caráter não linear da clipagem criando um dos fatores pelo qual essa configuração tende a reagir de maneira mais parecida com um amplificador valvulado. A dinâmica é uma característica marcante em quase todos os drives que usam essa configuração, uma vez que a força da palhetada faz muita diferença no resultado do drive, assim como o controle de volume da guitarra, sendo possível deixar o som quase ‘limpo’ apenas controlando o volume da mesma.
Existem também os pedais que usam duas clipagens em sequencia como é o caso dos Big Muff. Esses pedais, tem seu primeiro estágio de clipagem, depois passam por um estágio de booster e então após a primeira clipagem a onda é clipada novamente. Os dois estágios usados são simétricos.
Além desses importantes fatores, temos também as clipagens feitas com outros componentes como leds e transistores que podem, inclusive, ser usados junto com diodos de maneira a tornar menos linear o processo de clipagem.
Além desses importantes fatores, temos também as clipagens feitas com outros componentes como leds e transistores que podem, inclusive, ser usados junto com diodos de maneira a tornar menos linear o processo de clipagem.
Por enquanto é isso, galera. Postem suas dúvidas, sugestões ou avisos de tropeços ai nos comentários.
Abraço.
Jorge