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Máquinas de Música

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O que faz diferença no timbre

10/08/2016 by Jorge Lopes 6 Comments

O que define o seu bom timbre

Qual a peça que define o seu bom timbre?

A maioria dos grandes guitarristas se acostumou a fuçar as configurações dos equipamentos que tinham na mão para achar o timbre ideal.

Nossa geração está acostumada a trocar de equipamento.

Notou a diferença?

Enquanto Clapton passou quase todo o seu período em que tocou com John Mayall & The Bluesbreakers usando uma guitarra, uma wah wah e um amplificador, a maioria dos guitarristas brasileiros hoje ostentam sets gigantes de pedais.

É errado ter vários pedais?

Certamente não.

No entanto, certamente não é a melhor ideia trocar equipamentos por que você “não conseguiu o timbre que procurava”.

O que realmente faz diferença no timbre

Recentemente esbarrei em um vídeo interessante, onde o John Bonamassa explica os motivos pelos quais hoje ele reduziu o seu setup (em pedais) a um booster e um Wah Wah.

(Veja o vídeo no fim do artigo)

O ponto que ele explica ao longo do vídeo é:
– Se você usa uma guitarra com Humbuckers, existem poucas coisas mais potentes e versáteis do que as infinitas combinações que você consegue entre os controles de volume e tonalidade.
– Em um certo ponto ele demonstra como, apenas ajustando tais controles, você consegue timbres próximos do Eric Clapton, Jeff Beck, Jimmy Page e muitos outros.

Essa versatilidade me fez pensar:

Será se realmente precisamos de tanto equipamento para o som que procuramos?

Ao que vejo, a resposta é não.

Então, a próxima pergunta seria: Como de fato melhorar o meu timbre?

Nesse quesito temos várias opções.

Como melhorar o meu timbre

A qualidade do timbre é uma definição subjetiva e vai depender obviamente, do que você procura.

No entanto existem alguns fatores que vão te ajudar a chegar ao timbre procurado de maneira mais eficiente.

Os fatores que vou mencionar estão disponíveis para todos nós guitarristas mesmo sendo raramente usados.

Vamos lá.

Dominar o uso dos controles de volume

Ah, os controles de volume.
Um tempo atrás eu dediquei um artigo inteiro apenas para falar sobre o poder dos controles de volume.

De maneira resumida, dominar os controles de volume te dão acesso a uma gama de possibilidades enorme.

Um dos principais uso é relacionado à possibilidade de limpar o som de um amp saturado ao diminuir o volume da guitarra.

Dessa maneira com o volume no máximo você consegue a saturacão ideal para o solo. Após o solo, com um simples movimento no botão de volume você tem um timbre limpo.

Essa simples técnica é usada extensivamente por grandes guitarristas de várias épocas. Alguns nomes que usam/usaram e já falaram a respeito:
– Joe Bonamassa
– Jimmy Page
– Eric Clapton
– Jeff Beck
Entre vários outros.

Dominar o uso dos controles tonalidade

Descobriu como usar bem os controles de volumes da sua guitarra?
Ok. Agora vamos pro próximo passo.

Dominar os controles de tonalidade.

A maioria dos modelos de guitarra usados tem pelo menos um controle de tonalidade disponível.
Tais controles, normalmente trabalham a partir da atenuação das frequências altas (agudos).

Esse detalhe é muito importante: as frequências agudas são atenuadas.

Isso é importante pelo seguinte motivo: as frequências altas (Agudos) causam maior saturação em qualquer amplificador.

Sendo assim, essa característica dos controles de tonalidade por si só já nos da um arma ideal para controlar o ganho do amp.

Além disso o controle de tonalidade nos da uma variedade enorme de timbres. O Joe Bonamassa explica em detalhes aqui.

Com a mesma guitarra você pode ir do Jazz ao Hard Rock sem adicionar nenhum pedal, amplificador, simulador. Nada.

Não acredita? Veja o vídeo acima e teste você mesmo!

Calibre adequado das cordas

Chegamos a um dos pontos mais subestimados por guitarristas em geral:

O calibre das cordas.

Se você gosta de blues é muito provável ouvir histórias de que o Stevie Ray Vaughan usava cordas 0.13 e que grande parte do seu timbre vinha disso, etc.

Mentira?

Bem, as cordas eram sim 0.13 como ja confirmou o seu guitar tech em várias entrevistas.

E pensando bem, é muito provável que grande parte do timbre dele vinha sim do tipo e calibre usado nas cordas.

Encordoamentos 0.10 são os mais vendidos mundialmente. Coincidentemente é o calibre que usei por grande parte da minha vida de guitarrista.

No entanto, a alguns meses, por recomendação do John, do learningguitarnow.com, resolvi testar um encordoamento DR 0.11.

O resultado?

Essa foi provavelmente a mudança mais drástica no meu timbre e maneira de tocar que tive até hoje. E pra melhor.

A definição das notas, o peso e a dinâmica da guitarra se tornaram totalmente diferentes.

Se você estiver buscando um upgrade para o seu timbre, eu definitivamente recomendo testar calibres diferentes de cordas antes de investir em qualquer outra peça do seu equipamento.

A mudança foi drástica e esclarecedora pra mim. Pode ser que aconteça o mesmo com você.

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E ai, o que você acha que realmente faz diferença no timbre?

Ta aqui o vídeo mencionado no artigo:

Filed Under: Guitarra e cultura Tagged With: Feeling, Guitarra, Timbre

About Jorge Lopes

Engenheiro, leitor e músico.
Vive a paixão pela música diariamente, seja tocando, compondo, escrevendo, modificando pedais ou desenvolvendo novos equipamentos para a Django Pedais.

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