Amplificadores Mesa Boogie
A criação dos amplificadores modernos, hoje conhecidos pela marca Mesa Engineering
Por Jorge Lopes admirador confesso da Mesa Boogie Engineering.
Inicio da década de 70. A música ficava cada vez mais barulhenta e a necessidade de amplificadores mais potentes aumentava rapidamente. Nessa época, os amplificadores Fender eram os mais usados no mercado mundial e, por conta disso, haviam técnicos fazendo as famosas modifcações ‘hot hod’ em todo lugar para fazer esses amplificadores dar o ‘Punch’ e potência que os guitarristas estavam buscando. Nesse contexto, encontramos o Randall Smith, um técnico e co-proprietário de uma loja chamada Prune Music.
Randall Smith, naquela época, era responsável por modificar amplificadores Fender para vários guitarristas da região e foi nessa mesma época que ele passou a comercializar um amplificador que consistia basicamente num circuito de um Bassman 4×10 modificado em um gabinete de um Fender Princeton. Nessa época, o acabamento do gabinete ao final do processo parecia estar padrão, ou seja, parecia mesmo ser o Fender Princeton, no entanto, quando a fera era usada a diferença era gritante (literalmente!). Nessa mesma época ele teve a oportunidade de mostrar uma das primeiras unidades prontas a ninguém menos do que Carlos Santana. Histórias contam que ao tocar no amplificador Santana teria dito: “Shit man, that little thing really boogies” e a partir daí nascia o nome de uma das marcas de amplificadores mais importante da atualidade.
Pouco tempo depois, com a demanda aumentando progressivamente e a qualidade dos amplificadores Fender caindo na mesma proporção (CBS era), Randall Smith identificou que era hora de dar um passo maior e fundar definitivamente e oficialmente a nova marca. Poderíamos passar horas falando de cada modelo lançado pela Mesa, no entanto passaremos por cada um que pode ser considerado um mark marco no história da empresa:
Mesa Mark Series:
A série Mark foi a entrada da Mesa Boogie no hall dos fabricantes de amplificadores da America. E de certa forma, eles entraram com o objetivo de cobrir uma parte do mercado que estava totalmente descoberta e sem nenhum fabricante que cobrisse esse nicho. Felizmente, a série Mark atingiu o seu objetivo e vem, desde o final da década de 60 apresentando grandes amps um após o outro. Vamos aos amplificadores:
1. Mesa Mark I

O Mark I foi o amplificador responsável pela transição entre a era dos amplificadores vintage para os amplificadores modernos. Desde o lançamento entregava 100 watts, tendo também uma chave que reduzia a potência para 60 watts. A principal novidade do Mesa Mark I ficava por conta dos dois canais. Um canal limpo e o outro que era um canal lead.
Desde o Mark I já podemos ver o equalizador de cinco bandas que se tornou uma marca clássica dos amplificadores Mesa da série Mark. O canal Lead entregava um timbre High Gain como nunca havia sido apresentado até aquela época.
Alguns guitarristas que usaram ou ainda usam o Mark I:
- Carlos Santana
- John Petrucci
- Bruce Springsteen
- Myles Kenned
Especificação:
- 100 Watts, Class A/B Power
- Power: 4x6L6
- Pre-amp: 4x12AX7, 1x12AT7
2. Mesa Mark II

O Mark II, trouxe entre outras novidades a possibilidade de se alterar esses canais sem a necessidade da mudança da entrada no amplificador. Ou seja, existia uma chave que possibilitava essa mudança. Apesar de hoje, parecer comum esse tipo de recurso, essa foi mais uma novidade trazida pela Mesa. A partir do Mark II a Mesa já passou a ganhar fama como fabricante de amplificadores com foco High Gain.
Os Mesa Mark II, saíram em várias versões (Mark IIB, Mark II-C) que possuíam alguns recursos diferentes entre si.
3. Mesa Mark III

O Mark III, além de manter todas as características do anterior, trouxe um canal adicional (crunch), totalizando agora 3 canais que poderiam ser alternados via footswitch.
Nessa época, as novidades não paravam de aparecer e, enquanto a Mesa agradava muito o publico que buscava por mais recursos e mais ganho nos seus amps, desagradava os puristas.
4. Mesa Mark IV

Algum tempo depois veio o Mark IV e com ele a possibilidade de controlar cada um dos três canais individualmente além de, como no seu antecessor, fazer a troca entre canais via footswitch. Essas foram mais mudanças que deram a esses amplificadores características e versatilidade marcantes.
- Myles Kennedy
- Kyp Malone
- John Petrucci
5. Mesa Mark V

Recentemente vimos o lançamento do Mark V que é o modelo mais recente da série. Como o seu antecessor, possui também três canais, no entanto nessa versão, cada um desses canais possui três modos distintos que dão ao canal uma sonoridade totalmente distinta. Além disso é possível determinar através de uma chave qual será a potência de saída a qual cada um desses três canais estará ligada. Ou seja, para cada canal você pode ter uma saída específica
- John Petrucci
- George Pajon Jr.
- Marc Seal
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Finalizamos aqui a primeira parte do apanhado sobre os amplificadores da Mesa “boogie” Engineering. Passamos pelos amplis da série Mark e nos próximos capítulos desse post certamente falaremos sobre os cultuados Rectifier e o Lonestar. Qualquer sugestão ou comentário que tenham falem ai com a gente nos comentários.
Ah, bem lembrado, COMENTEM com a gente as suas opiniões sobre essas peças da mais pura arte.
Um abraço e até a próxima.