Mini8 – Como se comporta o canal Sujo
Todas as possibilidades do canal sujo do Mini8 da Sollo Amps
Por Jorge Lopes. Mini8, copa do mundo, guitarras, copa do mundo, composições, copa do mundo…e por ai vai 🙂
Fala meu caro, tudo bom?
A umas duas semanas atrás eu falei aqui sobre as minhas primeiras impressões sobre o canal limpo do amplfiicador Mini8 da Sollo Amps.
Contei ( e mostrei com alguns áudios) como esse pequeno amp se comporta tanto com captadores single quanto com humbuckers e falei também de tudo que mais gostei e também do que não gostei a respeito do canal limpo.
Dessa vez mostar pra vocês tudo que testei e quais foram as minhas impressões a respeito do canal sujo do Mini8. Como esse canal se comporta, quais as diferenças do canal sujo para o canal limpo e quais os prós e contras das características desse canal.
Mini8 – O timbre do canal sujo
A primeira impressão que tive após testar em detalhes os dois canais do Mini8 é a de que o grande foco desse amplificador é o seu canal sujo. Digo isso por que a verdadeira versatilidade desse amplificador é mostrada mesmo neste canal.
É no canal sujo que temos um controle completo com Graves, médios e agudos ( o que não existe e faz muita falta no canal limpo). Além da existência desses três controles, temos também controles separados de Volume e de Ganho. Esses cinco controles combinados, dão ao canal sujo do Mini8 uma versatilidade notável.
Diferentemente do que pode parecer a primeira vista, o canal sujo não oferece apenas timbres sujos e distorcidos, com guitarras equipadas com captadores de baixa saída é possível tirar timbres com crunch bem leve e até mesmo um clean mais puro (claro, com o controle de volume da guitarra mais recuado).
Para esse canal, eu também gravei alguns áudios para mostrar várias situações diversas e com captações e guitarras diferentes. A ideia é dar uma ideia das capacidades, pontos fortes e pontos fracos desse amplificador. Vamos aos áudios.
Stratocaster
Tirando um Crunch com o Mini8
Minha primeira aventura no canal sujo do Mini8 foi com a Stratocaster. Configurando o ganho pouco antes das 12hs e o Volume em 12hs, o convite a tocar um Blues é certo.
Nessa situação você já consegue experimentar um Crunch gostoso que com certeza vai satisfazer todo mundo que curte uma vibe mais blueszeira.
Como eu já tinha dito antes, se nessa configuração, você usar o controle de volume para diminuir um pouco a saída da guitarra, você conseguirá um timbre ainda mais limpo. Veja um exemplo abaixo:
O que achou?
Drive Leve com a Strato e o Mini8;
Curte um drive leve com sinlges? Da pra fazer também.
Com o Mini8 configurado com o controle de ganho pro volta das 14hs e o controle de volume por volta das 12hs você já sente o gosto de um bom drive recheado com um Sustain muito legal. Já da pra cobrir uma gama enorme de timbres de Drive com Singles que a gente ve por ai.
A parte mais interessante é que mesmo em uma configuração com um ganho maior, o sinal já comprimido, a dinâmica do amplificador é mantida. O que significa que o controle de volume da guitarra e a dinâmica da palhetada ainda desempenham um papel muito significativo no timbre final. Saca o áudio abaixo;
Les Paul
Você já deve ta pensando ai “Ah, como será o timbre desse canal sujo do Mini8 com uma Les Paul heim?” Pois a resposta já chega pra você!
Você já deve ter ouvido falar de vários guitarristas famosos por seus timbres distorcidos (Anguns Young, Brian May) que gravavam suas guitarras em estúdio com equipamentos de baixa potência, certo?
Isso é feito para que você consiga tirar um melhor proveito tanto da distorção das válvulas de pré quanto das válvulas do Power. O que só é possível quando saturamos o pré e socamos volume pra saturar também o Power.
Com o Mini8 eu testei duas situações desse tipo usando uma Les Paul equipada com captadores Humbuckers.
Mini8 saturado usando uma Les Paul;
Usando uma Les Paul e configurando o controle de ganho por volta das 15hs, nós ja temos um Overdrive muito definido!
Nessa configuração você já começa a entender por que muitos guitarristas famosos usam amplificadores de baixa potência em gravação. A resposta do Drive, a dinâmica e o timbre orgânico são sensacionais, fazendo com que você realmente sinta sua palhetada refletir no timbre final. O sustain já começa a ficar sensacional, dando uma ideia de Rock de arena, que da um resultado muito legal!
Saca só esse áudio ai abaixo pra você ter uma ideia:
Mini8 no talo com uma Les Paul!
Você quer sentir o seu timbre puro Rock ‘n’ Roll? Sentir o drive acabar em microfonia e poder controlá-la?
O segredo (não tão segredo assim) é um valvulado no talo!!
Nessa configuração eu usei o controle de ganho no máximo e o controle de volume por volta das 17hs (quase fiquei surdo!).
Nessa situacão, praticamente todo o momento em que você não toca, mas deixa a guitarra parada com o volume aberto a microfonia já se incia. É muito ganho, o que da uma vibe muito Rock ‘n’ Roll. É um timbre sensacional pra quem curte ícones do Hard Rock e afins!
Saca só o timbre do Mini8 no talo com uma Les Paul!
O que eu gostei;
- O Canal sujo realmente mostra as boas características e versatilidade do Mini8, devido aos controles de tonalidade.
- A gama de timbres varia desde um Clean/Crunch até altos níveis de Overdrive ideais para um bom Hard Rock e Rock Clássico, tudo isso usando apenas o amplificador
- A dinâmica do Mini8 é mantida intacta independente dos níveis de Drive usados
O que eu não gostei;
- Como na maioria dos valvulados o nível de ruído pode incomodar e ser muito evidenciado dependendo do tipo de captação usado
- Voltando aos controles de tonalidade…seriam muito melhor utilizados se, pelo menos, os mesmos controles pudessem ser usados tanto para o canal limpo quanto para o canal sujo (mesmo que fosse necessário aumentar o ganho do canal limpo para compensar eventuais perdas de sinal).
Conclusão;
O Mini8 é mais uma prova do quanto o nosso mercado de equipamentos musicais evolui e continua evoluindo nos últimos anos.
Trata-se de um excelente amplificador valvulado para qualquer um que queira entrar no mundo dos valvulados, por sua versatilidade, qualidade e preço baixo.
No quesito versatilidade, o Mini8 (como a maioria dos bons amplificadores valvulados) fica limitado apenas às características do músico e dos seus instrumentos. Sendo assim, você conseguirá navegar por vários estilos diferentes apenas trabalhando nas configurações do amplificador.
Ao meu ver, o canal limpo poderia ter sido removido do projeto, uma vez que a versatilidade do canal sujo te da opções suficientes para explorar todo o potencial do Mini8 sem comprometer em nada o timbre final.
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E ai, o que você achou dos áudios? Qual sua opinião sobre o Mini8?
Um abraço
Jorge